Domingo. 7 horas da manhã. O corpo pede a sair da cama. Levanto na ponta dos pés pra não acordar os gatinhos. Desço. Passo um café sem pressa. Abro as cortinas e a janela para o cheiro se espalhar. Fico em silêncio para ouvir os pássaros que todos os dias vêm nos visitar no quintal. Bom dia ao meu novo vizinho, um casal de João de Barro que construiu bem em frente à cozinha, respeitando o recuo. O jasmineiro em flor exala um cheiro de bom dia. Xícaras brancas colocadas delicadamente sobre o pires. Um gole demorado de café. Ajeito as almofadas que denunciam a farra de ontem na sala. Pedaços de bolo sobre a pia e forminhas pra lavar. Corto as frutas, preparo o leitinho dos gatinhos que ainda dormem. Cheiro de pãozinho com manteiga na chapa. Saio pro quintal e colho uma flor de laranjeira. Trago à cozinha e enfeito a mesa com ela.
Tudo igual ao de sempre, mas de repente tudo tão especial!
É domingo! Dia sem pressa, demorado. Dia de família, dia de agradecer. Dia de viver o simples e o descanso. Dia de viver o que se tem e perceber que isso basta.
Hoje minha oração foi vivenciada.
Eu tenho tudo, pois meus olhos são limpos. Vejo o que Deus me deu e meu coração se alegra. Felicidade são gotas. Minha dose de hoje é capaz de alimentar muitos próximos dias.
Amém.
"Mas, quando falo dessas pequenas
felicidades certas, que estão diante de
cada janela, uns dizem que essas coisas
não existem, outros que só existem
diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a
olhar, para poder vê-las assim". Cecília Meireles
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