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domingo, 28 de abril de 2013

filhos mestres

meus filhos 
me ensinam 
que todo dia é dia de alegria 
e que não há hora marcada pra risada
e que nem todo compromisso deveria ser honrado se o papo está bom... 
me ensinam que eu 
poderia voltar atrás, me desdizer sem problemas

se nada é definitivo, contradições são possíveis 
se estamos em construção, porque não desfazer planos, desenhar novas rotas? 
a imutabilidade da adultisse me entristece
porque se eu parar, morro. 
por isso gosto da companhia de meus filhos:
perto deles pode pular a criança que sou
e ser aceita -
por ser igual 

ponto fora da curva

quem foge do padrão já se expõe por contingência...