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quinta-feira, 28 de julho de 2011

... que meus erros descansem em paz

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(caio fernando abreu)

essa semana, numa conversa com uma amiga no consultório (minhas pacientes são minhas amigas): 
o assunto era se reparamos como o tempo muda a gente. Quanta coisa que juramos que nao iríamos fazer, e... fizemos! Quantos pudores, caídos por terra. Quantos erros julgados nos outros, nós próprias cometemos. Quanta loucura e sanidade juntas!!! Quer saber: somos isso mesmo. Lápis e borracha, acerto e erro, santa e louca. 
Bipolar? não... tetrapolar, septapolar... mas a essência é a mesma da menina de outrora. O suspiro é o mesmo. Mas o corpo, a voz, a expressão... essas tem sinal do tempo. O tempo muda sim a gente. Somos língua falada, não língua morta. Mudamos, baby! 
 Viva o agora, que será (se Deus quiser) desmentido em seguida. E daí? tenho dito: borracha não quero: minha história não são só acertos! Que meus erros continuem me ajudando a construir-me. E um dia, comigo, descansem em paz. 


beijo
Andréia G

quinta-feira, 7 de julho de 2011

poema-vida em construção

Deus abençoe os seus dias. E que você consiga, todos os dias, ver que a sua vida é um poema em construção. E cada dia é uma linha, um verso. Cada fase uma entonação: drama, comédia, amor... alegria ou tristeza. Tudo isso é seu poema. Tudo isso é sua vida. Não recuse nenhum verso. Não amasse nem jogue nenhum verso fora. Nem o verso do sofrimento nem o verso da fartura. Nem tudo precisa rimar, nem toda poesia é certinha, linear, matemática. Seu poema em construção não é capa de revista, não é comercial de margarina. Seu poema é lindo ainda que torto. A vida faz curvas, seu poema faz curvas, aceite as curvas. Melhor: vá com elas, caminhe com elas. De repente, na curva você deixa de esperar a reta, aquilo que é certo e seguro. De repente  você agora gosta da curva e quer ela sempre. De repente seu verso muda. Seu poema torto agora é aplaudido de pé. Amanhã, não se sabe. Não tente entender, não se envaideça. Só os tolos se envaidecem. Não importam os aplausos, nem as críticas. Sua poesia segue de pé, levantando e caindo; Tenho dito: não quero borracha, não sou só acertos. A vida é poema em construção.